André, um garoto de 10 anos, sofreu uma grande
decepção. Estava muito doente, devido a pneumonia, mas nenhum de seus amigos
foi visitá-lo.
Seu pai,
percebendo-lhe a tristeza lhe perguntou:
- Meu filho, porque está tão triste?
Ele
respondeu:
- Acho que
meus amigos não gostam de mim, pois nenhum deles veio me visitar...
Então seu
pai lhe disse:
- Não pense
assim, meu filho. Não lamente a perda destes amigos, talvez eles não sejam
dignos de sua amizade. Além disso, quando se recuperar, voltará a escola e logo
fará outras amizades...
Hoje vou lhe
apresentar um novo amigo, um leal companheiro, que nos traz sempre bom ânimo e
ótimos conselhos para nossa vida.
Ele é sempre
um amigo sublime.
Educa sem
ferir-nos.
Diverte,
edificando-nos o caráter.
Revela-nos o
passado e prepara-nos, diante do porvir.
Repete-nos o
que Sócrates ensinou nas praças de Atenas.
Descobre-nos
ao olhar maravilhado as civilizações que passaram. O Egito resplandecente dos
faraós, a Grécia dos filósofos e artistas, a Jerusalém dos hebreus, desfilam
ante a nossa imaginação, ao seu toque espiritual.
Conta-nos o
que realizou Moisés, o grande legislador.
Lembra-nos a
palavra de Platão e Aristóteles.
Junto dele,
aprendemos quanto sofreram nossos antepassados, na conquista do bem-estar de
que gozamos presentemente.
Descreve-nos
a inutilidade das guerras nascidas do ódio que devastaram o mundo.
Aconselha-nos quanto à sementeira de tranquilidade e alegria. Ajuda-nos no
entendimento de nós mesmos e na compreensão de nossos vizinhos. Dá-nos coragem
para o trabalho, e humildade no caminho da experiência.
Sem ele,
perderíamos as mais belas notícias de nossos avós e a obra da vida não
alcançaria a necessária significação; passaríamos na Terra, em pleno
desconhecimento uns dos outros, e a lição preciosa dos homens mais velhos não
chegaria aos ouvidos dos mais novos; a religião e a ciência provavelmente não
surgiriam à luz da realidade; os mais elevados ideais do espírito humano
morreriam sem eco; a indústria, o comércio e a navegação não possuiriam pontos
de apoio.
É o traço de
união, entre os que ensinam e aprendem, entre os milênios que já se foram e o
dia que vivemos agora.
É, ainda, a
esse amigo abençoado que devemos a coleção de notícias e ensinamentos de Jesus,
que renovam a Terra para o Reino Divino.
Esse
inesquecível benfeitor do mundo é o livro edificante. Por isto, não nos
esqueçamos de que todo livro consagrado ao bem é um companheiro iluminado de
nossa vida, merecendo a estima e o respeito universal.
Após a longa
explicação, o pai de André lhe mostrou ''O Evangelho Segundo o Espiritismo de
Allan Kardec'', que havia comprado para lhe dar de presente. André ficou
empolgado com o livro e lhe pediu para fazer a leitura...
(Adaptação
do História ''O Amigo Sublime'' do livro ''Alvorada Cristã'' de Neio Lúcio.
Psicografado por Chico Xavier)