A paz é o alicerce da felicidade do homem. Ela advém da eliminação da desordem interior criada pelos estímulos dos sentidos, emoções e pela formação sucessiva e não seletiva de pensamentos e desejos.
Nossa mente pode ser nossa principal aliada na construção da paz interior, mas também o nosso mais sério obstáculo a ser transposto.
Disciplinada, é o ponto de equilíbrio entre a personalidade e o espírito.
Desorientada, fonte de inquietações, pensamentos inúteis e desgastantes que corroem a paz interior. Na paz é que se processam as transformações de nossa personalidade. Enquanto valor absoluto, é a bem-aventurança divina (MARTINELLI, 1998,p.89).
Alcançamos a paz quando conseguimos controlar as oscilações emocionais e harmonizar os fluxos de energia treinando a mente a se aquietar.
Em uma concepção positiva a paz é entendida como respeito fundamental à vida; paz como contrário de violência e como exercício e resolução não violenta dos conflitos. Mesquita(2003,p.60)
Estabelece os subvalores da paz e suas definições:
SILÊNCIO INTERIOR- é esvaziar a mente e deixar fluir a energia que vem do coração, que é a voz de Deus.
CALMA- é a serenidade obtida com o aquietamento da mente e o mergulho profundo em nosso interior.
CONTENTAMENTO- é o sentimento de alegria. Por meio do autoconhecimento e do encontro da paz interior, aprendemos a conhecer o verdadeiro estado de contentamento.
TRANQUILIDADE- é a conquista do equilíbrio interior.
PACIÊNCIA- é a capacidade de esperar com tranquilidade. Ela brota do amadurecimento do ser e da clareza da mente. Não deve ser confundida com lentidão.
AUTOCONTROLE- é o domínio dos nossos impulsos e atos inferiores.
TOLERÂNCIA- é a tendência a admitir modos de pensar, agir e sentir diferentes do nosso. Ser tolerante exercita nossa capacidade de amar o próximo, ajuda a superar o egoísmo. Tolerar não é suportar, é compreender e respeitar.
CONCENTRAÇÃO- é a atenção no que se está fazendo em dado momento. A concentração da mente em determinado ponto leva à compreensão e a vivências profundas.
AUTO-ACEITAÇÃO- é viver sem culpas, é o fruto da coragem de vencer nossa ignorância. É a consciência de que temos dons e podemos contribuir com o crescimento de todos.
AUTOESTIMA- é a valorização de si mesmo, imprescindível para a evolução humana. Sem a autoestima, o indivíduo despreza as oportunidades que a vida lhe oferece, vendo tudo negativamente.
DESPRENDIMENTO- é estar liberto, em total desapego. O apego estreita a mente e restringe o amor. Já o desprendimento se alcança quando se vive em harmonia com os aspectos materiais e espirituais. Sem o desprendimento, não há transformação.
AUTOCONFIANÇA- é a fé em si mesmo, a energia que impulsiona no caminho da vitória, ultrapassando-se as dificuldades e as fraquezas. Só pode ter fé em Deus aquele que tem fé em si mesmo.
Adriane Valéria Kiszka Scheffer
Do fascículo "Por uma Educação pela Não-Violencia".
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