Hoje vou contar pra vocês quem inventou o Dia das Mães. É uma história muito bonita, mas o final faz a gente pensar...
Há muitos anos atrás, em 1864 nascera Anna Jarvis, em Vírginia nos Estados Unidos. Era uma moça muito bonita que vivia muito bem com sua mãe, viúva, e sua irmã mais nova que era cega. Apesar de serem só as três viviam felizes, pois se amavam e não tinham problemas com dinheiro.
Mas, em 1905, sua mãe morreu. Anna ficou muito, muito triste. Sentia muita falta de sua mãe. Tinha uma linda casa, cuidava bem de sua irmã, mas sofria de saudades de sua mãe.
Então, num belo dia, teve a ideia de criar um dia para as mães!
Sugeriu a ideia ao prefeito Reyburn de Filadélfia (onde ela passou a morar).
Daí em diante, começou uma campanha para se criar esse dia, onde o ponto básico era, homenagear não só as mães vivas, mas também as mães que já haviam morrido. Ela dirigia tudo de sua casa: escreveu á governadores, igrejas, industriais, clubes femininos, -qualquer um que pudesse ajudar a implantar esse dia.
Recebeu tantas respostas que resolveu largar o emprego e comprou a casa vizinha para se dedicar exclusivamente a campanha.
Logo foi convidada á visitar outras cidades para falar sobre esse plano. Escreveu e imprimiu folhetos que era distribuído de graça! Tudo isso com seu dinheiro!
Finalmente, depois de tanta luta, Anna ficou muito, muito feliz! Em 1914 o presidente dos Estados Unidos da época, Woodrow Wilson, proclamou o 2° Domingo de maio (no aniversário da morte da mãe de Anna) como o Dia das Mães!!!
Mas Anna, feliz da vida, não parou por aí: era preciso conquistar o mundo! Assim continuou viajando, falando, escrevendo e publicando folhetos para o mundo.
E ela conseguiu: durante sua vida 43 países adotaram o Dia das mães! O Brasil foi um deles! Em cinco de maio de 1932, o então presidente Getúlio Vargas, promulgou o 2° Domingo do mês de maio como o Dia das Mães!
Mas, um dia, Anna ficou novamente muito, muito triste... Começou a perceber que a data que ela criara, tão especialmente para se homenagear as mães, estava sendo usada para se ganhar dinheiro! "Esse é um dia de sentimentos, não de lucros!” Ela dizia.
Anna não queria que a festa da mãe pobre fosse diferente da mãe rica. Um simples cravo branco -flor predileta de sua mãe- bastava para exprimir um mundo de afeto.
Então Anna viu-se só: todo seu dinheiro acabara na campanha e sua intenção foi transformada. Daí em diante se fechou em sua casa, com sua irmã, lamentando ter criado o Dia das mães...
O que Anna queria era que as pessoas tivessem pelo menos um dia para homenagear as mães, mandando cartas, bilhetes e um cravo branco (seu símbolo do dia das mães). Mas infelizmente o comércio tomou conta dessa data tão bonita...
Vamos mudar essa história? Abraçar, dar carinho, dizer que a ama. Esse é o verdadeiro objetivo do Dia das Mães!!!
Lu Beheraborde
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