segunda-feira, 1 de março de 2010

Sentir na Pele

Amiguinhos !

Vamos aprender hoje com essas estórias, algumas lições de amor ao próximo ?


















Estava um lindo dia de sol quente e agradável.

Caminhando rumo à escola, Mariana, de sete anos, ia feliz.

Tinha na vida tudo o que desejava.

No dia anterior sua mãe lhe comprara um lindo casaco de lã, aquele mesmo que ela tinha visto e amado na vitrina da loja. O inverno se aproximava e Mariana já estava preparada, esperando até com certa ansiedade, que o frio chegasse para poder exibir seu casaco novo.

Não tinha andado muito quando viu uma menina que deveria ter a sua idade, e que já vira outras vezes, vindo em sentido contrário. Deveria morar ali perto, pois quando ela voltava da escola, a menina estava sempre no ponto de ônibus, esperando a condução.

Ela estava sempre vestida com roupas simples, mas limpas, e tinha um ar alegre no rosto. Durante o período, entretida com as aulas, Mariana não percebeu que o tempo tinha mudado.

Pesadas nuvens se acumularam no céu, escondendo o sol. Logo a chuva caiu com força, molhando a terra, depois de uma prolongada seca. Com as janelas fechadas e as luzes acesas, continuaram as atividades escolares.

Somente no final das aulas, ao sair para o pátio, os alunos se deram conta da queda da temperatura. A chuva tinha parado, mas o frio era intenso. Mariana se pôs a caminhar, apressada. Nunca tinha sentido tanto frio em toda a sua vida. Ainda bem que sua casa ficava a poucas quadras da escola.

Passando pelo ponto de ônibus, Mariana viu a menina. Nesse dia, especialmente, Mariana sentiu-se ligada àquela garota. Como sempre, ela estava trajada vestida pobremente e deveria também estar sentindo muito frio, tal como ela mesma.

Naquele momento, Mariana se lembrou de que, mesmo em dias bem frios, a menina nunca estava agasalhada!

Passou por ela, tremendo de frio e comentou, mal-humorada:

— Que frio está fazendo!

A garota olhou-a, sorriu e disse, confiante:

— Não se preocupe. Logo passa.

Naquele dia a imagem da garota não saiu da cabeça de Mariana. Enquanto ela estava mal-humorada por passar frio, a reação da garota era de aceitação, sem revolta.

Chegando em casa, após o almoço, já agasalhada e aquecida, comentou com sua mãe:

— Mamãe, vejo sempre uma menina no ponto de ônibus que não tem agasalho. Agora que ganhei um casaco novo, posso dar o velho para ela?

— Claro, minha filha. Fico feliz ao ver que você se preocupa com o próximo. Onde ela mora? Como se chama? Podemos levar hoje mesmo!

— Não sei nada sobre ela, mamãe.

— Bem, então não tem jeito. Amanhã você leva.

No dia seguinte, Mariana colocou o casaco numa sacola e saiu para a escola, esperando, na volta, encontrar a menina no ponto de ônibus. Não tinha andado muito quando viu a garota, que vinha na sua direção. Feliz, correu ao encontro dela, dizendo:

— Que bom tê-la encontrado! Trouxe um presente para você.

A menina olhou-a, surpresa. Mais surpresa ficou ao ver o que havia na sacola.

— Mas... é para mim? Tem certeza que quer se desfazer dele? É muito bonito! Obrigada! Nem sei como agradecer. Nunca tive um casaco assim. Aliás, não tenho agasalho. Foi Jesus quem a mandou!

Abraçaram-se, contentes. Trocaram informações e endereços, e tornaram-se grande amigas.

Mariana sentia-se realizada por ter conseguido ajudar alguém.


Tia Célia





No Lugar do Outro
















Olá, meu amiguinho!

Você já tentou se colocar no lugar de outra pessoa? Saber o que ela está sentindo? Ou o que ela gostaria que lhe fizessem?

No dia-a-dia, muitas vezes nos falta sensibilidade para perceber que outras pessoas podem estar precisando de ajuda. Isso pode acontecer até com alguém que viva dentro da nossa casa, que faça parte da nossa família.

É verdade! Talvez você nunca tenha pensado nisso. Mas é hora de pensar.

Preocupados com nossos pequenos problemas não vemos o sofrimento dos outros.

Eu sei que para você é importante fazer os deveres escolares, estudar para a prova de matemática, fazer o trabalho de ciências, ir ao curso de inglês, sair com os colegas e muito mais.

Todavia, existem coisas acontecendo ao nosso lado e que não nos damos conta. Temos que ter a sensibilidade necessária para perceber quando alguém está passando por dificuldades, perto de nós.

Às vezes, aquela amiga que se isola na hora do lanche, é porque não trouxe nada para comer; pode ser que aquele colega valentão que diz não sentir frio, não quer que sintam pena dele por não ter agasalho; às vezes aquela colega que você acha chata porque nunca aceita ir à lanchonete, é porque não tem dinheiro. Estes são problemas materiais.

Mas existem também os emocionais: aquele colega que não se aproxima dos demais e que você julga ser orgulhoso, pode ser apenas uma pessoa muito tímida; aquela sua amiga que fala muito e só conta vantagens, está escondendo sua insegurança.

Entendeu? Assim, não vamos julgar ninguém, mas procurar ajudar na medida do possível.

Jesus nos ensinou a nos colocarmos no lugar do outro, em caso de dúvida, e perguntarmos a nós mesmos:

O que eu sentiria se estivesse no lugar dele? Como eu gostaria que me tratassem?

Essas e outras perguntas podem nos dar a resposta que precisamos porque o Mestre nos ensinou que devemos fazer ao próximo tudo aquilo que gostaríamos que os outros nos fizessem.

Agindo assim, não tem erro.

Acertaremos sempre, pois estaremos exercitando a fraternidade e a solidariedade, aumentando o nosso grupo de amigos e nos tornando simpáticos a todos.


Fonte: Jornal O Imortal

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