segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A Descoberta de Paulinho



Era semana do Natal.

A cidade estava toda enfeitada. Paulinho ficou encantado com aquela vitrine daquela loja de brinquedos. Estes eram os mais variados e bonitos; bem no meio, estava um enorme boneco, representando um Papai Noel sorridente vestido com sua roupa característica. Só que a roupa era de tecido diferente, com um brilho especial, o que tornava a vitrine belíssima, chamando a atenção de todos.

O menino, depois de admirar a vitrine, continuou o caminho e, dobrando à esquerda, passou por outra loja. Esta era mais simples, mas apresentava uma cena inesquecível: a do nascimento de Jesus. Estava ali a manjedoura, o berço de palha, o menino deitado e sua mãe de joelhos, fitando-o. Por perto, viam-se bonequinhos, representando os pastores, e outros, que imitavam os animais. Era um presépio simples, sem muitos detalhes, mas mostrando o principal: Jesus, no dia em que renasceu entre os homens.

Paulinho voltou para casa e começou a pensar.

Eram duas vitrines, duas imagens: Papai Noel e Jesus.

Qual a diferença ?

Ele era pequeno, mas já observava muita coisa. Sua família não era rica, mas tinha certeza de que o seu pai poderia comprar algum daqueles brinquedos que vira junto de Papai Noel.

Mas a Railda, a empregada de sua casa... certamente que não. Tinha cinco filhos, morava num subúrbio distante e, provavelmente, o dinheiro que ganhava só dava para a comida.

E que dizer daqueles outros garotos que ficavam na esquina, pedindo um trocado aos que passavam? Eram maltrapilhos, sujos. Brinquedos? Só na vitrine, para olhar...














Aí, Paulo lembrou da outra vitrine, a do presépio. Ela era simples e o menininho ali representado estava num berço de palha... Nem luzes, nem cores, só o céu estrelado e o ar de adoração de todos os que olhavam.

Então, ele descobriu a diferença. Natal não é Papai Noel, não são brinquedos.

Natal é comemoração do aniversário de Jesus, que, como, modelo divino, mostrou aos homens a felicidade, residindo na humildade e no amor, bens eternos que permanecerão conosco.


Beatriz de Almeida Rezende


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