Fabrício tinha dez anos e era um menino estudioso. Uma de suas atividades de lazer preferida era a leitura e inúmeras vezes podia-se vê-lo em seu quarto cercado de livros.
Um certo dia Fabrício encontrou em um de seus livros, fotos e textos sobre a pré-história e o que mais lhe chamou a atenção foram as imagens dos homens das cavernas. Ele que era um menino pacífico, ficou a imaginar como seria difícil se vivesse naquela época em que a sobrevivência era determinada pela força bruta e a inteligência era demasiadamente rudimentar. “Os homens digladiavam-se entre si, lutavam pela comida, por um espaço e se utilizavam basicamente de instintos (dizia o texto).
De lá pra cá muita coisa mudou... - pensava ele - Esses “instintos” foram determinantes para que descobríssemos que necessitávamos da casa para nos abrigarmos das intempéries, do uso do fogo, dos meios de transportes para a locomoção e aos poucos fossemos conquistando melhores condições de vida, de saúde, de divertimento e trabalho.
Fabrício só não entendia o porquê de mesmo com o passar do tempo, com tanto progresso e inteligência o homem ainda permanecesse fazendo guerras, construindo e usando armas letais e destruidoras de toda espécie.
Foi então que resolveu consultar D. Regina, sua evangelizadora da casa espírita Amor e Caridade. Tomou de um caderninho de anotações e registrou a sua questão para ser levada a próxima aula de evangelização.
Foi então que resolveu consultar D. Regina, sua evangelizadora da casa espírita Amor e Caridade. Tomou de um caderninho de anotações e registrou a sua questão para ser levada a próxima aula de evangelização.
Chegado o dia, tal foi a sua surpresa ao perceber que o tema da aula era a Lei de Evolução e que D. Regina havia preparado um painel em cartolina com imagens sobre o assunto. A turma estava toda reunida em semicírculo e ao final da exposição, D. Regina propôs que cada um tirasse as dúvidas trazendo as suas questões. Cada um pode falar e em sua vez, Fabrício ansioso por respostas, expôs com clareza o seu embate pessoal.
D. Regina ficou muito feliz com a questão trazida por Fabrício, pois assim, pode concluir aquela aula com uma rica explanação:
“Existem dois tipos de progresso ou evolução - disse ela.
O progresso material, que é a melhoria das condições de vida das pessoas através de coisas como casa, transportes, vestuário e alimentação.
O progresso espiritual, que é a mudança para melhor das atitudes das pessoas, quando aprendemos a amar e respeitar o próximo.
A realidade é que o homem cresceu muito em inteligência e muito pouco em espírito. Com a lei natural de evolução ele aos poucos tomará consciência da necessidade dessa mudança de atitude e não mais será preciso se fazer a guerra. A paz reinará em nosso planeta, pois, não mais existirão armas e violências como a que ainda vemos nos dias de hoje.”
Todos compreenderam os ensinamentos de D. Regina e saíram satisfeitos da aula de evangelização daquele dia.
Fabrício enfim descobriu que a evolução se dá de forma gradativa e que temos muito a crescer e a evoluir ainda para vivermos em um planeta onde não mais existam brigas, nem ódio, onde haja paz e as pessoas se amem e se respeitem de verdade, mas para isso, basta que cada um de nós faça a sua parte, ajudando-nos mutuamente, estudando e fazendo o bem.
Carlos Pereira
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