terça-feira, 21 de junho de 2011

O Pote Rachado



















Um carregador de água na Índia, levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara que ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade.

Foi assim por dois anos; diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa do seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. O pote rachado, porém, estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas metade do que havia designado a fazer.

Após perceber que, por dois anos, havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:

- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas.

- Por que? perguntou o homem. - De que você está envergonhado?

- Nesses dois anos, fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do velho pote; e, com compaixão, falou:

- Quando retornarmos para casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.

De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas, ao fim da estrada, o pote se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha.

Disse o homem ao pote:

- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho ? Notou ainda que, a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava ? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essas flores para dar graça à sua casa.


Legrand

Do livro Parábolas Eternas, Legrand.

5 comentários:

  1. Oi, Carlos! vi que aconteceu o mesmo com voce, em relaçao a uso de imagens. A ila entrou em contato também comigo e acabei retirando a imagem dela. Vi seu comentário lá no blog dela. Olhe, aqi tem um lugar que eu achei que vc vai achar imagens que podemos usar:

    http://blosque.com/31-sites-onde-achar-imagens-para-o-seu-blog-guia-de-uso-de-imagens/

    Já usei uma hoje no meu blog. Dá uma passada á e confere. Um abraço fraterno...

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  2. Olá Lizete,

    O que a inexperiência não nos faz, não é mesmo?

    Geralmente busco imagens em arquivos royalties frees, que é um licenciamento para uso de obras protegidas por direitos autorais, mas, como tenho um blog que necessita em alguns casos de imagens muito específicas para ilustrar o texto, recorria ao google imagens, sem muita preocupação, pois não as utilizava para fins comerciais.
    Tudo é a informação que as vezes nos falta e precisamos buscá-la.

    Leia sobre o rayalties free com esse link:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Livre_de_royalties

    Existem bancos de imagens com essa opção, ok?

    Grato pelas dicas e pela sua atenção.

    Abraço fraterno !

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  3. Ai que lindo! Amo parábolas!

    Aproveitando a visita... te convido a conhecer o nosso blog com resenhas gastronomicas na cidade de Salvador. E se você já conhece, não deixe de nos acompanhar pois logo após o São João estaremos lançando um concurso de resenhas onde vc irá participar com sua experiencia (nao esqueça de fotografar) e concorrer a premios saborosos! te aguardamos!

    www.mastigandoemsalvador.blogspot.com

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  4. Olá Catarine,

    Grato pelo convite. Dei uma olhada no seu blog, está muito bonito. Infelizmente de cozinha não entendo nada a não ser lavar umas louças.

    Um grande abraço fraterno e sucesso com o seu concurso!

    Muita Paz e que Deus a ilumine !

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  5. Hahahahahaha!!!! não pude deixar de rir muito com a sua resposta gastronômica, Carlos!!!! hahahahaa!!!!
    abraços!!

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