quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Amor Perfeito


















O homem era muito rico e comprou uma grande área de terra e a desejou transformar em um jardim.

Contratou jardineiros, encomendou sementes e deu início ao projeto.

Depois de algum tempo, foi visitar o jardim e verificou que as flores não haviam florescido. Tudo parecia adormecido, como num encantado conto de fadas.

Os arbustos, as árvores e as flores estavam quase a morrer.

O homem andou entre as árvores e os canteiros, perguntando o que estava acontecendo.

Então, o carvalho disse que estava morrendo porque não podia ser tão majestoso e tão alto quanto o pinheiro.

O pinheiro informou que estava murchando porque não conseguia dar uvas como a parreira.

E a parreira estava encolhida e triste, por não poder desabrochar como a roseira.

Cada árvore, arbusto e flor invejava o porte, a beleza, o perfume ou a capacidade de florir e frutificar do outro.

No meio de toda aquela inveja e lamentação, o homem descobriu, no entanto, uma plantinha florida e viçosa. Era o amor-perfeito, que lhe disse o segredo de estar florido:

“Imaginei que quando fui plantado, você queria um amor-perfeito. Se quisesse uma macieira, um carvalho ou um pequeno arbusto, os teria plantado.

Então pensei que se não posso ser ninguém além de eu mesmo, tentarei ser o que sou da melhor maneira possível.”

E, feliz, continuou a oferecer a beleza das suas pétalas, abrindo-se ao sol da manhã radiosa.


Adaptação a partir de texto contido na Revista Seleções do Reader´s Digest, de janeiro de 1999.

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