quinta-feira, 29 de julho de 2010

A História de Firmino













Firmino era um garoto abastado
Que a tudo que tinha, dava imenso valor:
Brinquedos, roupas, sapatos ele guardava
Como tesouro de grandioso esplendor.

Seu quarto já não cabia nada
De tantas coisas que possuía;
As gavetas estavam lotadas,
Os armários apinhados,
Cheios de quinquilharias.

O boneco que não mais brincava,
A bola que não mais jogava,
A roupa que não lhe servia...
Com ele tudinho ficava e de nada se desfazia.

O tempo se passava
e de uma coisa o Firmino não sabia:
Que quanto mais aos seus pertences se apegava,
mais mal a ele mesmo fazia.

Até que para sua felicidade,
um dia conheceu a Maria,
Uma garota que veio de um outro bairro
Para morar na casa ao lado,
Ser sua mais nova amiga e vizinha.

Ela era muito bondosa,
Dividia com todos o que possuía:
Os brinquedos que não mais brincava,
As roupas que não mais vestia...
Juntava as coisas em sacolas
À casa espírita se dirigia,
Levava tudo e lá mesmo,
com os mais carentes distribuía.

Ensinou ao Firmino uma lição
Que jamais esqueceria:
“Não ajunteis tesouros na terra”,
Os do céu são de mais-valia:
Amor, bondade, honestidade...
São tesouros preciosos do espírito
Que ele nunca, deveras os perderia.

E assim o Firmino conseguiu enfim entender,
Que as virtudes são as verdadeiras riquezas que na vida alguém pode ter.

Ditado por Glauco (Espírito)

Carlos Pereira

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