“Senhor, que eu possa a quem está com frio dar o cobertor.
Mas se o frio for da alma, que eu tenha condições de dar afetivo calor.
Se alguém chorar, que eu possa suas lágrimas enxugar. Mas se
eu também estiver em dor, que pelo menos possa companhia fazer. Porque é
chocante, Senhor, chorar sem ter alguém para nos consolar; sofrer sem ter com
quem dividir; precisar desabafar e não ter quem ouvir; enfermar sem ter com
quem contar.
Assim, Senhor, e por tudo isso, eu te suplico: preciso ao
próximo servir, tendo tolerância para com a ignorância; o desprendimento frente
à pobreza; a solicitude moral diante dos reclames das crianças; atenção e
amparo para com a velhice; o perdão sem condição; a brandura na exaltação; a
verdade sem interesse e o amor sem cobranças. Mas, se nada disso eu puder ter
ou fazer, que a vida me torne humilde para reconhecer que preciso
espiritualmente crescer.
Assim seja.”
Pelo espírito Carlos Murion, psicografia de José Medrado,
oração captada de Francisco de Assis.
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