A humildade é fundamental para a prática da caridade material e moral, assim como, as virtudes da sinceridade, do desinteresse, do sigilo, do devotamento e do amor. Somente adquirindo essas virtudes celestes, de que foi modelo excelso Nosso Senhor Jesus Cristo, é que seremos capazes de praticar boas obras.
A
sublimidade da virtude está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do
próximo, sem pensamento oculto. Fazer o bem pelo único prazer de fazê-lo, amar
sinceramente dando o melhor de nós mesmos sem pensar em retribuições - eis a
base do amor incondicional. Jesus é nosso maior exemplo, ajudava a todos sem
fazer distinção. Ele curava os doentes, sem permitir-se elogios, gratidões ou
aplausos, que sempre os desconsiderou. E ainda dizia: Não conte isto a ninguém
...
-Dar em
segredo, ser indiferente aos elogios dos homens, é mostrar uma verdadeira
elevação de caráter. Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma
imagem que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se há a modéstia real, também há a falsa
modéstia. Há pessoas que ocultam a mão que dá, tendo, porém, o cuidado de
deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para verificar se alguém não o
terá visto ocultá-la. Esses já receberam na Terra sua recompensa, pois ficaram
satisfeitos por terem sido vistos.
O homem
caridoso faz o bem ocultamente; esconde suas boas ações, enquanto que o vaidoso
proclama o pouco que faz. Quantas pessoas existem que, diante do público, dão
grandes somas e que, entretanto, às escondidas, não dariam uma só moeda! Foi
por isso que Jesus declarou: "Os que fazem o bem ostentosamente já
receberam sua recompensa." Com efeito, aquele que procura a sua própria
glorificação na Terra, pelo bem que pratica, já se pagou a si mesmo; Deus nada
mais lhe deve; só lhe resta receber a punição do seu orgulho.
Infelizmente,
o homem está sempre propenso a só pensar em si mesmo. A grande maioria deseja
receber pagamento pelo bem praticado, seja pelo reconhecimento do beneficiado,
seja pelos elogios do mundo, seja pelo merecimento que julgue adquirir desse
modo aos olhos de Deus. Esquecendo - se de que a principal recompensa está em
haveres cumprido o seu próprio dever.
Deus é quem
te retribuirá na ressurreição dos justos. Ou seja, a ressurreição do justo é o
seu retorno a vida espiritual. Aquele, que, durante a sua encarnação, viveu
submisso às vontades do Senhor, será bem recebido pelos bons espíritos, quando
retornar à pátria. Para o Espírito, a ressurreição do justo consiste em
libertar-se da necessidade de voltar aos mundos inferiores de provações e
expiações; consiste em elevar-se a mundos superiores ao nosso.
Fonte: Evangelização Infantil e Juvenil Passatempo Espírita
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