sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Salve São Francisco de Assis!



Hoje, 4 de outubro comemora-se o dia de São Francisco. Em sua homenagem destacamos o texto “Retornando a Assis”, que descreve toda a sensação experimentada pelo médium e conferencista espírita, Divaldo Franco, quando em visita a terra natal do santo da Úmbria. Lembrado singularmente pela perseverança de vencer o egoísmo reinante em sua época (e ainda em todos os tempos), ele deixou para as nossas Almas com a sua missão na terra, a lição de renovação através do exemplo de renúncia e amor ao próximo.


Retornando a Assis


Por Divaldo Franco

Aproximadamente há trinta anos vivi a notável experiência de visitar a cidade de Assis, procurando reencontrar o inolvidável São Francisco. A magia da sua vida que vem sublimando outras vidas ao longo da História embriagou a minha infância e juventude, oferecendo-me a doce presença de Jesus no mundo atribulado e enfermo dos tempos…

As suas sublimes canções embalaram a minha existência, convidando-me ao enternecimento e à esperança de que é possível amar-se a tudo e a todos, voltando-se à infância com toda a sua ingenuidade.

Pareceu-me revê-lo pelas ruas de pedras irregulares cantando as baladas enternecedoras que se tornaram inolvidáveis.

Jamais hei-me olvidado do seu amor por todas as criaturas, assim como da sublime entrega de Clara ao seu chamado de misericórdia e de compaixão.

Neste ínterim, retornei por diversas vezes, reencontrando-o sempre nas alamedas dos foras da cidade e das suas paisagens iridescente cobertas de lavanda em flor…

Estou novamente na cripta de São Francisco, reflexionando sobre a sua mensagem nestes dias de ultraje e agressividade, de desespero e de injustiça, de violência e de horror…

A sociedade que alcançou as estrelas e as micropartículas não conseguiu fazer-se solidária à dor que ulula em toda parte aguardando oportunidade de renovação.

Aos meus ouvidos chegam as notícias de que a guerra da Síria terminou, ao tempo em que reacende a raiva iraniana contra os judeus e Gaza é tomada pela expectativa de bombardeios.

O grande problema, porém, é que o homem e a mulher modernos ainda não aprenderam a conviver como irmãos, dando-se conta da transitoriedade das conquistas inúteis e do vazio existencial que devora povos e indivíduos, reduzindo tudo ao caos.

Em uma análise mais profunda constato que é muito fácil amar e compreender o próximo, bastando uma autovistoria desvelando as próprias dificuldades.

A tecnologia de ponta aproximou os indivíduos, reduziu as distâncias, ao tempo que produziu uma incomensurável solidão, proporcionando um individualismo perverso e destruidor da alegria de viver e de cantar.

Logo mais, voltarei a esse mundo diferente onde vivo e desejo rogar-te, Irmãozinho dos animais e amigo da Natureza, que venhas comigo e com todos aqueles que te visitam, ajudar-nos a disseminar a paz e o amor nas existências estioladas e nos sentimentos amargurados.

Se voltares a cantar outra vez e te utilizares de nossas vozes para dialogar e nossos braços para servir, estaremos sendo instrumentos da paz de Deus no mundo.



Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 17-05-2018.


Prece de São Francisco


Por Alziro Zarur

“Senhor, fazei de mim um
instrumento da Vossa Paz;
onde haja ódio, consenti que eu
semeie Amor;
perdão, onde haja injúria;
fé, onde haja dúvida;
verdade, onde haja mentira;
esperança, onde haja desespero;
luz, onde haja treva;
união, onde haja discórdia;
alegria, onde haja tristeza.

Ó Divino Mestre!
Permiti que eu não procure
tanto ser consolado quanto consolar;
compreendido quanto compreender;
amado quanto amar.

Porque é dando que recebemos;
perdoando é que somos perdoados;
e morrendo é que nascemos para a
Vida Eterna”.

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