A prece é um ato de adoração. Fazer preces a Deus é pensar nele, aproximar-se dele, pôr-se em comunicação com Ele, através do pensamento. Pela prece podemos fazer três coisas: louvar, pedir e agradecer.
O ato de louvar consiste em exaltar os atributos (características) da Divindade, reconhecendo-o como o ser supremo, criador do Universo, não, evidentemente, com o propósito de ser-Lhe agradável, visto que Deus é inacessível à lisonja (bajulação).
Os pedidos visam a algo que se deseje obter, em benefício próprio ou de outra pessoa, seja encarnada ou desencarnada. O que se pode pedir? Tudo, desde que não contrarie a Lei de Amor e de Caridade. Exemplos: resistir as tentações do mal, saúde para os doentes, ajuda para os Espíritos sofredores, proteção contra o mal, paciência e resignação diante das dificuldades da vida etc.
Pode-se pedir o perdão das ofensas, mas a prece não oculta as faltas. Aquele que pede a Deus o perdão de suas faltas não o obtém se não mudar de conduta. As boas ações são a melhor prece, porque os atos valem mais do que as palavras.
Quando um pedido é recusado, não devemos ficar aflitos por isto, pois Deus sabe o que é melhor para cada um de nós. Lembremo-nos de que Deus atende aos nossos pedidos se estes pedidos forem justos e servirem para o nosso progresso ou para aliviar a dor dos que sofrem (1).
Deus auxilia aos que se ajudam a si mesmos, segundo a máxima: "Ajuda-te e o céu te ajudará", e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem se esforçar.
Cada noite, devemos agradecer todas as bênçãos com que Deus nos felicita a existência, pelos favores recebidos, pelas graças alcançadas, pelas vitórias conseguidas pelo auxílio dos espíritos protetores.
A oração deve ser feita com palavras simples e sinceras; Deus somente atende aos que oram com sinceridade e confiança. Antes da oração precisamos purificar os nossos pensamentos; se tivermos prejudicado ou ofendido um nosso próximo, devemos ir pedir-lhe que nos perdoe; se alguém nos ofender ou prejudicar, nós devemos perdoá-lo de todo o coração e esquecermos completamente o mal que nos fez, depois, com a consciência em paz podemos orar (1).
Pela prece, atraímos os Bons Espíritos, que vêm nos ajudar nas dificuldades e nos aconselham bons pensamentos (inspiração). Fortifica o nosso Espírito para vencer as dificuldades e voltar ao caminho reto, quando dele se afastou; conforta-nos nas horas de sofrimento e livra-nos do desânimo.
A prece pode ser ouvida pelos Espíritos onde quer que eles
se encontrem. O fluído universal, no qual estamos mergulhados é o veículo do
pensamento, como o ar é o do som, mas com a diferença de que o som pode se
manifestar apenas num raio muito limitado, enquanto o pensamento atinge o
infinito. Daí resulta que nosso pensamento movido por uma força de impulsão,
por uma vontade satisfatória, vai impressionar as almas a distâncias
incalculáveis. Uma corrente fluídica estabelece-se de umas para as outras e permite
aos espíritos elevados responder aos nossos apelos e de influenciar-nos através
do Espaço.
Observação (1): 52 Lições de Catecismo Espírita. Lição 3. A prece. Eliseu Rigonatti.
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