quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
sábado, 15 de fevereiro de 2025
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
Finalidade da prece
A prece é um ato de adoração. Fazer preces a Deus é pensar nele, aproximar-se dele, pôr-se em comunicação com Ele, através do pensamento. Pela prece podemos fazer três coisas: louvar, pedir e agradecer.
O ato de louvar consiste em exaltar os atributos (características) da Divindade, reconhecendo-o como o ser supremo, criador do Universo, não, evidentemente, com o propósito de ser-Lhe agradável, visto que Deus é inacessível à lisonja (bajulação).
Os pedidos visam a algo que se deseje obter, em benefício próprio ou de outra pessoa, seja encarnada ou desencarnada. O que se pode pedir? Tudo, desde que não contrarie a Lei de Amor e de Caridade. Exemplos: resistir as tentações do mal, saúde para os doentes, ajuda para os Espíritos sofredores, proteção contra o mal, paciência e resignação diante das dificuldades da vida etc.
Pode-se pedir o perdão das ofensas, mas a prece não oculta as faltas. Aquele que pede a Deus o perdão de suas faltas não o obtém se não mudar de conduta. As boas ações são a melhor prece, porque os atos valem mais do que as palavras.
Quando um pedido é recusado, não devemos ficar aflitos por isto, pois Deus sabe o que é melhor para cada um de nós. Lembremo-nos de que Deus atende aos nossos pedidos se estes pedidos forem justos e servirem para o nosso progresso ou para aliviar a dor dos que sofrem (1).
Deus auxilia aos que se ajudam a si mesmos, segundo a máxima: "Ajuda-te e o céu te ajudará", e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem se esforçar.
Cada noite, devemos agradecer todas as bênçãos com que Deus nos felicita a existência, pelos favores recebidos, pelas graças alcançadas, pelas vitórias conseguidas pelo auxílio dos espíritos protetores.
A oração deve ser feita com palavras simples e sinceras; Deus somente atende aos que oram com sinceridade e confiança. Antes da oração precisamos purificar os nossos pensamentos; se tivermos prejudicado ou ofendido um nosso próximo, devemos ir pedir-lhe que nos perdoe; se alguém nos ofender ou prejudicar, nós devemos perdoá-lo de todo o coração e esquecermos completamente o mal que nos fez, depois, com a consciência em paz podemos orar (1).
Pela prece, atraímos os Bons Espíritos, que vêm nos ajudar nas dificuldades e nos aconselham bons pensamentos (inspiração). Fortifica o nosso Espírito para vencer as dificuldades e voltar ao caminho reto, quando dele se afastou; conforta-nos nas horas de sofrimento e livra-nos do desânimo.
A prece pode ser ouvida pelos Espíritos onde quer que eles
se encontrem. O fluído universal, no qual estamos mergulhados é o veículo do
pensamento, como o ar é o do som, mas com a diferença de que o som pode se
manifestar apenas num raio muito limitado, enquanto o pensamento atinge o
infinito. Daí resulta que nosso pensamento movido por uma força de impulsão,
por uma vontade satisfatória, vai impressionar as almas a distâncias
incalculáveis. Uma corrente fluídica estabelece-se de umas para as outras e permite
aos espíritos elevados responder aos nossos apelos e de influenciar-nos através
do Espaço.
Observação (1): 52 Lições de Catecismo Espírita. Lição 3. A prece. Eliseu Rigonatti.
domingo, 9 de fevereiro de 2025
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Família: parentesco corporal e espiritual
A Família é um grupo de pessoas que se reúne cuja finalidade consiste em se ajudarem como irmãos e adquirirem o verdadeiro amor espiritual. Em geral, a Família é constituída de mãe, pai, irmãos consanguíneos ou adotivos, tios, avós e primos.
Os pais transmitem para os seus filhos a semelhança física, como por exemplo, a cor dos olhos, do cabelo, o formato do rosto, etc. No entanto, eles não transmitem a semelhança moral, não podem transmitir a bondade do seu Espírito (o Espírito é indivisível). Pode-se observar que existem pais bons que podem ter, algumas vezes, filhos que sejam maus. Deus assim permite, para que estes filhos maus aprendam a ser melhores, pouco a pouco, ao contato dos bons e pelos cuidados que deles recebem.
Os pais têm por missão educar os seus filhos, auxiliando-os no desenvolvimento da sua inteligência e da sua moral, para fazê-los evoluir. E os filhos têm por dever respeitá-los.
A família é organizada anteriormente no plano espiritual, ou seja, antes de encarnarmos no planeta Terra. Um Espírito pode escolher nascer na família daquele com quem brigou em vidas anteriores, com objetivo de se reconciliar com ele (1). A maioria, é auxiliada por amigos espirituais na escolha das melhores condições para a sua reencarnação (2).
Os nossos parentes, aqueles que fazem parte da nossa família, são muitas vezes Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, ou seja, que possuem gostos e pensamentos semelhantes, que se expressão por uma verdadeira afeição (amor). Mas também, pode acontecer que sejam completamente estranhos, afastados entre si, por antipatias igualmente anteriores, que se expressão por sentimentos e gostos diferentes, ocasionando brigas e desentendimentos, a fim de que possam transformar estas ações inferiores e aprender a ser pacientes, mais compreensivos e desenvolver o amor entre si.
Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. Ela aumenta os deveres da fraternidade, visto que, entre os estranhos ou entre os colegas de classe, pode se encontrar um Espírito que esteve ligado a nós pelos laços de sangue (em vidas anteriores).
No entanto, se um homem, por exemplo, tiver tido dez encarnações, não deve-se pensar que ele vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos. Lá encontrará sempre os que foram objeto da sua afeição.
Os Espíritos formam, no Espaço, grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e semelhança de gostos. Esses Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram. Mesmo que uns estejam encarnados e outros não, continuam unidos pelo pensamento. A encarnação não os separa senão momentaneamente. Essa afeição verdadeira (afeição espiritual), sobrevive à destruição do corpo. No entanto, há pessoas que possuem afeições carnais, que se unem por interesses (tais como, por exemplo: a beleza, o poder, a riqueza, etc..), não estão realmente unidas uma as outras e a morte as separa.
Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais (que possuem afeição espiritual) e as famílias pelos laços corporais (que possuem afeição carnal) . Somente as primeiras são duráveis e continuam no mundo dos Espíritos. As segundas são frágeis, como as coisas materiais, e se acabam com o tempo, muitas vezes, já na existência atual. Uma família que adota uma criança, não possui laços corporais (sanguíneos) com ela, porém pode ter laços espirituais, uma verdadeira afeição.
Foi o que Jesus quis nos explicar quando disse aos seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe. Sabe-se que os parentes de Jesus, não o estimavam. Eram Espíritos pouco adiantados e não lhe compreendiam a missão. Sua mãe, estava com eles naquele momento, mas Jesus quis generalizar o ensinamento, pois sabe-se que ela tinha-lhe muita afeição e ele não quis desconsiderá-la ou desrespeitá-la.
Na criação, somos todos uma só família, pois estamos sob a bênção providencial de um Pai único, que é Deus.
Comentário (1): ESE. Cap. 14. Item 9. A. K. (2): Missionários da Luz. Cap. 13. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier.