sexta-feira, 5 de julho de 2024

O Perdão

 






Sejamos misericordiosos como é misericordioso Nosso Pai que está nos céus, ensinou-nos Jesus. Ser misericordioso significa saber perdoar as ofensas que recebemos, o mal que nos fizerem, ou o prejuízo que nos causarem.

Perdoar é ter o nosso coração livre de ódios ou de qualquer ressentimento contra nossos irmãos ou contra si mesmo. É ajudar o ofensor, caso necessite.

Ninguém deve aceitar a ofensa do outro, o seu ódio ou o seu desdém. Permanecer acima da ofensa, não deixar-se atingir pela agressão moral constituem o antídoto para o ódio. Por exemplo, se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, este continua pertencendo a quem o carregava consigo. Ou seja, se você não aceita a inveja, a raiva e os insultos, esses sentimentos continuam pertencendo somente ao ofensor. Quem guarda ódio afasta-se do amor. O ódio leva à vingança, que é um ato mesquinho e indigno.

Inúmeras vezes Jesus fez referência ao perdão, destacando-o por valioso e indispensável à evolução humana. Certa vez Pedro se aproximou de Jesus e lhe perguntou: ''Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão quando pecar contra mim? Será até sete vezes?''  Jesus lhe respondeu: ''Não vos digo que apenas sete vezes sete, e sim setenta vezes sete vezes''. Evidentemente, não tinha Jesus a intenção de fixar, em quatrocentos e noventa vezes, que é o produto da multiplicação “setenta vezes sete”, o que o Mestre quis dizer é que devemos perdoar todas as vezes que formos ofendidos. Ou seja, devemos perdoar ilimitadamente todas as pessoas e quantas vezes forem necessárias.

Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: "Eu lhe perdoo", mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe acontece, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: "Perdoo" e acrescentam "mas, não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida." Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão (do coração) é aquele que esquece completamente as ofensas.

Quem perdoa sinceramente, faz sem condições, não exige reconhecimento de qualquer natureza, ou seja, não obriga o ofensor o reconhecimento dos seus erros para que lhe conceda o perdão.

Quando não perdoamos fica um peso em nosso coração, causando tristezas, nos impedindo de fazer muitas coisas boas. É como se estivéssemos carregando uma pedra bem pesada, ou injetando-nos um veneno, que poderá nos causar doenças. Perdoar faz bem a nossa alma, pois quando perdoamos nos sentimos bem e tranquilos. O perdão nos traz o bom humor e a alegria de viver.

Além de perdoar os outros também devemos nos perdoar (auto-perdão). Quando errarmos não devemos cultivar o sentimento de culpa, pois todos nós somos aprendizes. É necessário arrepender-se do erro, para que não o cometa novamente e procurar reparar o mal que tenha feito, através das boas ações.

É preciso perdoar para que Deus nos perdoe. Deus é infinitamente misericordioso. Ele nos concede novas oportunidades de experiência, por meio da reencarnação, para reparar nossos erros, e isto já significa, em si o Seu perdão.

Evangelização Passatempo Espírita

 

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