terça-feira, 4 de agosto de 2020

Missão do Homem Inteligente na Terra















A inteligência pode ser definida como a capacidade de compreender, aprender e adaptar-se ao meio. Por longos anos, e particularmente durante o século 20, acreditava-se na existência de apenas uma inteligência, que seria a denominada intelectual, encarregada da análise das coisas, dos cálculos, do conhecimento generalizado e que, mediante testes bem elaborados ( testes de QI ) , podia ser medida. No entanto, posteriormente, descobriram que existem outros tipos de inteligência, tais como: inteligência linguística  (habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir ideias), inteligência musical   ( habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical), Inteligência espacial ( capacidade para perceber o mundo visual e espacial de forma precisa), inteligência espiritual ( capacidade para compreensão do abstrato, particularmente quando se refere aos valores da imortalidade da alma, da fé religiosa, da causalidade universal, do bem, do amor...e entendimento para escolher o caminho que nos traz autorrealização),  entre outras. Conseguir unificar as diversas inteligências num conjunto harmônico é um desafio existencial.

Jesus é o Espírito mais sábio que Deus mandou à Terra para servir de guia e modelo à humanidade.  O verdadeiro sábio não é aquele que possui diversos tipos de inteligência e um amplo conhecimento científico, mas sim o que, além dessas faculdades, adquiriu conhecimento espiritual superior para educar o seu coração e compreender a vida, a fim de transmiti-lo aos outros, sem qualquer ideia de superioridade, reconhecendo que a luz de sua inteligência vem de Deus.  Um Espírito para ser perfeito precisa evoluir gradualmente: possuir todas as qualidades morais (por exemplo: amor, respeito, paciência, fé, perdão etc...) e saber aplicá-las; precisa também conhecer todas as ciências e todas as artes e utilizá-las para o bem. Segundo o Espírito Emmanuel, " o sentimento e a sabedoria são as duas asas com que a alma se elevará para a perfeição infinita".

O trabalho e o estudo continuo são rotas inevitáveis na obra de elevação. O trabalho é o serviço ao semelhante. O estudo é o ato de se investir na obtenção do conhecimento. Através do trabalho, exerceremos a solidariedade e o amor ao próximo. Através do estudo, aprenderemos a discernir o erro da verdade. Amor sem estudo é comportamento unilateral, favorecendo, apenas, o coração, o sentimento, mas retardando a ascensão para Deus.  Estudo sem amor constitui, quase sempre, experiência simplesmente intelectual, podendo levar à presunção e à vaidade, ameaçando o aprendiz de queda ou fracasso.  Enquanto o homem não houver desenvolvido o senso moral, pode acontecer que se sirva da inteligência para a prática do mal.

A suprema felicidade só é compartilhada pelos Espíritos perfeitos, ou seja, pelos Espíritos puros, que não a conseguem senão depois de haverem progredido em inteligência e moralidade. O progresso intelectual e o progresso moral raramente marcham juntos, mas o que o Espírito não consegue em determinado tempo, alcança em outro, de modo que os dois progressos acabam por atingir o mesmo nível. Eis por que se veem muitas vezes homens inteligentes e instruídos pouco adiantados moralmente, e vice-versa.

Na atualidade, não há como negar as notáveis conquistas da   inteligência, responsáveis pela tecnologia e por todos os extraordinários benefícios da Ciência, tornando a vida na Terra mais confortável, com muitos   males eliminados ou contornados, propiciando   bem-estar, conforto e facilidades de todos os tipos. No entanto, não se pode desconhecer   que esses instrumentos fabulosos de que se tem utilizado o   conhecimento   são também responsáveis por   males incontáveis (1).

Referimo-nos às armas ditas   inteligentes com o seu poder de   destruição, às indústrias e aos automóveis, que causam grandes danos ao meio ambiente e à saúde humana. Ao lado das comunicações virtuais (via internet), utilizadas para espalhar notícias falsas e para prática de crimes.

Se Deus, em seus desígnios, nos fez nascer num meio onde pudemos desenvolver a nossa inteligência, é que quer a utilize para o bem de todos. O dever natural de quem sabe mais é ajudar quem sabe menos, e tornar-se responsável pelo meio onde trabalha, auxiliando no entendimento e cooperando com o progresso. Pouco importa para um homem culto a mais avançada técnica da atualidade, se ele não souber introduzir dentro de si e dos outros o sentimento do amor.   Não devemos ficar envaidecidos com a nossa sabedoria, porque a inteligência tem limites no mundo em que habitamos. A capacidade intelectual do homem terrestre é excessivamente reduzida, em face dos elevados poderes da personalidade espiritual independente dos laços da matéria. No entanto, ainda hoje, grande parte das criaturas guarda agradável sensação de superioridade quando é detentora de vasta cultura e alto grau de conhecimento.

A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada. Se todos os homens que a possuem se servissem dela para realizar a vontade de Deus, fácil seria, para os Espíritos, a tarefa de fazer que a Humanidade avance. Infelizmente, muitos a tomam como instrumento de orgulho e de perdição contra si mesmos, esquecendo-se de que ela foi concedida para a prática do bem. O homem abusa da inteligência como de todas as suas outras faculdades e, no entanto, não lhe faltam ensinamentos que o advirtam de que Deus pode retirar o que lhe concedeu.

Comentário (1): Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 21 de maio de 2013, em Milão, Itália. Fonte: Resenha Espírita Online. Janeiro de 2014. n° 101.

Evangelizaçao Passatempo Espírita

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