A reencarnação, que a gente pode chamar também de vidas sucessivas, é um dos pontos fundamentais da Doutrina Espírita;
Sem a reencarnação, fica muito difícil compreender, aceitar e modificar as diferenças sociais, artísticas, intelectuais, morais, físicas;
A reencarnação é prova do Deus Justo : porque diante do Amor que Ele tem por nós, impossível seria acreditar que ele teria seres diferentes uns dos outros: dando a uns mais e a outros menos;
Falamos e conversamos sobre Jesus, o Ser mais perfeito que conhecemos; falamos e conversamos sobre seus ensinamentos e da importância e necessidade de seguirmos seus passos; daí quando vemos as pessoas mais desenvolvidas seja intelectual seja moralmente, a gente percebe que elas estão muito longe do modelo de perfeição que Jesus nos ofereceu; assim somente com o princípio da reencarnação a gente pode, racionalmente, entender melhor e nos servir dos Seus ensinamentos;
O progresso espiritual se dá em conjunto, ou seja, mediante o contato com outros Espíritos de diversas fases de desenvolvimento, ou seja, só se dá mediante a vida em sociedade: na convivência entre as pessoas, na vida em família – uns caminham mais rápido, outros mais devagar, mas todos caminham; e para esse caminhar se faz necessário a reencarnação, porque não temos como aprender tudo em um período curto de vida aqui na Terra;
- A reencarnação foi descoberta por Allan Kardec ou revelada por Jesus?
Realmente, a reencarnação não foi descoberta por Allan Kardec , nem revelada por Jesus. O Espiritismo nos ensina que Allan Kardec estudou a reencarnação, dialogou com os Espíritos sobre ela, mas não a descobriu. Jesus, a seu tempo, falou da reencarnação, a ela se referindo em seus ensinamentos como verdade já conhecida pelos Judeus. Entretanto, a reencarnação era conhecida não apenas pelos Judeus, mas por muitos outros povos, como os Egípcios, os Hindus e os Gregos.
Mesmo no Velho Testamento há referências à reencarnação, como, por exemplo, a que se lê no Livro de Jeremias, cap. 1, versículo 5: “Antes que te formasse no ventre eu te conheci (...).” Nessa frase, vê- se a clara referência à existência anterior do Espírito em relação ao corpo, pois a afirmação “eu te conheci” não poderia referir- se ao corpo, de vez que ele ainda não existia.
Embora os Judeus não conhecessem a lei de evolução, nem a lei de causa-e-efeito, com a clareza como o Espiritismo explica, eles sabiam que o Espírito pode voltar à T erra num novo corpo. As provas de que, ao tempo de Jesus, a reencarnação era conhecida, é verificável nos textos do Novo Testamento, como se vê nas leituras abaixo:
Em João, c ap. 3, versículos de 1 a 10, vemos que, na conversa com Nicodemos, Jesus, ele próprio, fala da necessidade de “nascer de novo”, e não é de pronto entendido pelo fariseu, que lhe diz: “Como pode um homem nascer, sendo já velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” Ao que Jesus responde:
“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.” Nicodemos ainda não compreende e torna a perguntar: “Como pode ser isso?” Jesus, estranhando o fato de ele, um homem culto desconhecera reencarnação, disse-lhe: “Tu és mestre em Israel e não sabes isto?”
Em Mateus, cap. 16, versículos 13 e 14, encontramos o seguinte: “E, chegando Jesus das partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem, dizem os homens ser o filho do homem? E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas.” Ora, se as pessoas pensavam que Jesus poderia ser a volta de Elias, de Jeremias ou de um outro profeta é porque eles sabiam que um Espírito pode voltar à Terra habitando um novo corpo carnal, logo acreditavam na reencarnação.
Fontes: CVDEE e José Passin.
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