Porque existe o Universo, Espírito, Ser Humano, Natureza? Porque existe algo ou alguém que fez tudo isso. A este alguém damos o nome de Deus.
Allan Kardec, o codificador da doutrina dos Espíritos fez á Espiritualidade superior a seguinte pergunta: “Que é Deus?”. E interessante observar que ele não pergunta “quem é Deus”, mas “o que é” excluindo a ideia de uma entidade com características humanas.
A Resposta foi a seguinte: - Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. Diziam os Espíritos que Ele é a causa principal da existência de tudo, do Espírito e da matéria, tudo que há na natureza, tudo é mantido e governado pela inteligência Suprema.
Qual a prova da existência de Deus? Não existe efeito sem causa. Se procurarmos a causa de tudo o que não é obra do homem, a nossa razão verá que se o Universo existe e não é obra do homem, só pode ser um a criação de um ser supremo.
Deus, Criador do Espírito, deu a inteligência e através dela o homem tornou-se co-criador. Co-criador é aquele que faz, constrói, cria alguma coisa nova a partir do que já existe. Para o homem criar ele precisa das coisas criadas por Deus. A Doutrina Espírita nos oferece uma orientação preciosa quando estuda as Leis Divinas, pois ensina que “conhece-se o artista pela sua obra”.
Para crer em Deus, basta lançar os olhos sobre as obras da criação. Se observarmos a Natureza que nos rodeia, vemos o firmamento, as estrelas, o sol, todas essas coisas só pode ser obra de uma inteligência e um poder superior; já que o homem só tem a capacidade de criar a partir de algo (matéria-prima) que já existe (Ex.: O homem sabe a fórmula da constituição da água, mas não consegue criá-la).
O Universo é regido por leis sábias e justas, perfeitas e imutáveis, e todos estamos sujeitos a elas. Mas, sobretudo, devemos nos lembrar de que Deus nos ama a todos.
Os homens criaram suas leis para viverem em sociedade, que devemos seguir e respeitar. Mas, tudo repousa sobre leis eternas: a justiça, o amor, a liberdade e não há leis eternas sem uma razão superior.
Nenhum ser, nenhuma sociedade pode se desenvolver e progredir sem a ideia de Deus, isto é, sem justiça nem amor, sem liberdade nem razão, porque Deus, representando a eternidade e a perfeição, é a base essencial de tudo o que faz a beleza, a grandeza da vida, a magnificência do Universo.
De onde vem à ideia de Deus em nós?
A ideia de Deus Criador está presente em nós na consciência, e se apresenta de duas maneiras:
o Pelo sentimento;
o Pelo intelecto (inteligência).
Pelo sentimento flui de nosso intimo, é um instinto, que todos os seres humanos trazem em si, a existência de Deus.
Pelo intelecto ou inteligência, reconhecemos sua existência pela razão (ou seja, a faculdade que possuímos de compreender, conhecer e julgar), através da razão reconhecemos a existência do Universo, da natureza, que há um Criador para todas essas coisas.
O conhecimento sobre Deus, sobre o mundo e sobre a vida é o que há de mais essencial, de mais necessário, pois é ele que nos sustenta nos inspira e nos dirige. Por isso a necessidade de conhecer, acreditar, aprender, refletir na bondade de Deus.
A vida não se limita à nossa relação com a matéria. Viver a vida apenas na matéria e pela matéria é um caminho de solidão e sofrimento. Deus que nos dá os recursos e a direção para que possamos buscar aquilo que vai nos preencher, fazer crescer, encontrar a felicidade.
Como, então, podemos construir em nós a ideia de Deus, já que não o vemos?
Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras. Quando formos espíritos puros nós o veremos e o compreenderemos. O nosso pequeno progresso moral não nos permite saber qual é a natureza íntima de Deus. Entretanto, sabemos que Ele é um espírito puríssimo cujos fluidos enchem completamente o Universo. Nós estamos mergulhados no fluido divino; por isso é que nós estamos em Deus e Deus está em nós.
Mas como fazemos para melhorar o nosso nível de entendimento sobre Deus?
“Trabalha, ama e ora! Cultiva tua inteligência e teu coração! Desenvolve a tua consciência; torna-a mais vasta, mais sensível. (...)” (LÉON DENIS. O Grande Enigma, capítulo XIV.
O ponto de partida para compreender melhor Deus, é pelos atributos (qualidades) estudados na doutrina. Sem o conhecimento dos atributos de Deus, seria impossível compreender a obra da criação.
Deus é:
*Inteligência suprema – está acima de todas as inteligências
* Eterno - não teve começo e não terá fim;
Obs.: lembrar que somos espíritos imortais, pois nosso espírito nunca morre, mas que tivemos um começo, fomos criados por Deus. Eterno só Deus.
* Imutável - não se modifica;
* Imaterial – não tem um corpo físico, material;
* Único – só há um Deus;
* Onipotente – tudo pode, tem poder supremo sobre a criação;
* Soberanamente justo e bom – suas leis são sábias e justas e regem todo o Universo.
É como disse Léon Denis: "Há coisas que de tão profundas só se sentem, não se descrevem". Deus melhor se sente do que se entende.
E o que acontece com aqueles que se transviam? Como a Lei de Deus atua quando desviamos da sua rota?
A bondade de Deus pode ser identificada na lei de causa e efeito. Você retorna ou reencarna com possibilidade de recomeçar e corrigir o que foi malfeito, e aprender com a experiência. Mas, a prova poderá vir um tanto mais difícil. Percebemos, então, que nossas ações no bem serão benéficas para nós mesmos.
Há um meio de entrarmos em comunicação com Deus?
A prece é um recurso para nos aproximarmos de Deus e entrarmos em comunicação com ele. Aquele que ora com fervor e confiança torna-se mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons espíritos para assisti-lo. É um socorro que jamais é recusado, quando é pedido com sinceridade.
Além disso, a possibilidade de comunicação com o Pai, através da prece, nos dá a certeza de que não somos abandonados no mundo à própria sorte. Aqueles que oram os que pensam em Deus, os que acreditam na figura paternal que a todos nós mantém, os que sabem que Deus existe, e têm disso certeza, olham para a paternidade divina e nela encontram solução para todas as suas dificuldades.
Fonte: Blog Evangelização Espírita Infantil, de Simone Anastácio
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