Laurinha chega em casa e fala aos pais que precisa fazer um trabalho para a aula da evangelização.
Diz que necessita fazer uma pesquisa.
Diz que necessita fazer uma pesquisa.
Como sairiam para uma festa em poucos minutos, seu pai lhe sugere:
– Você poderia fazer esta pesquisa depois?
Laurinha pensou, pensou e disse:
– Então eu vou fazer a pesquisa na festa.
Pegou suas anotações e um lápis, colocou no bolso e saiu. Chegando lá, foi perguntando às pessoas:
– Você ajuda alguma entidade?
– Sim, respondeu o Sr. Adalberto.
– Sim, disse dona Estela.
– Sim, disse João.
Laurinha somente anotou. No caminho de volta para casa seu pai perguntou:
– Você fez sua pesquisa, filha?
– Fiz.
– E o que descobriu?
– Descobri que tem um monte de gente que tem religião diferente, mas que ajuda entidades.
– Isso é verdade, filha – responde sua mãe. – Independentemente da religião, as pessoas ajudam umas às outras.
– Até a dona Rosa, que diz que tem medo de espíritos?
– Como assim?
– É que a Aninha contou no centro hoje que ouviu a mãe dela dizer que sua vizinha sofreu muito, teve muito problema, só porque uma entidade precisava de ajuda. Era um espírito. A professora lá do centro disse: “É, temos que ajudar essas entidades desencarnadas que precisam de luz”.
– Filha, entendi sua confusão. Na casa espírita usamos a expressão entidade para nos referir a espíritos. Assim como outras palavras, entidade tem mais de um significado: pode ser usada tanto para espírito como para uma associação de pessoas com um objetivo comum.
Laurinha abaixa a cabeça e resmunga:
– Ah, então eu fiz tudo errado!
– Você só confundiu as coisas, não fique triste – tentou consolar o pai.
– Por que as pessoas têm que falar difícil? E ainda usam a mesma palavra para coisas tão diferentes…
Tatiana Benites
Fonte (texto e imagem): Blog da Laurinha
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