Uma das orações mais belas e tocantes do Espiritismo, psicografada na noite de Natal de 1873 pela médium Madame W. Krell, em Bordeaux, França, assinada pelo espírito Cáritas.
ESPIRITISMO PARA CRIANÇAS
Uma das orações mais belas e tocantes do Espiritismo, psicografada na noite de Natal de 1873 pela médium Madame W. Krell, em Bordeaux, França, assinada pelo espírito Cáritas.
Assista à emocionante história "Chico Xavier e o Valor da Oração", uma tocante animação espírita para a evangelização infantil. Nesta aventura, descubra como a fé e a oração de Chico, um menino de Pedro Leopoldo, o ajudam a superar momentos difíceis com a visita espiritual de sua mãe falecida. Ideal para crianças, famílias e todos que apreciam histórias inspiradoras de fé e resiliência.
Por Marcela Prada
Luana e sua mãe estavam voltando
do centro espírita. Vinham caminhando pela calçada, de mãos dadas, numa tarde
muito agradável.
A menina tinha acabado de frequentar sua aula de evangelização infantil. Curiosa e observadora, aproveitava o momento para indagar à mãe:
– Mamãe, a nossa religião é meio
diferente, não é?
– Diferente do quê? O que você
quer dizer, filha?
– Ah, não sei. Meio diferente das
outras.
– Cada religião tem suas
características. Se fossem iguais, não seriam várias e sim uma só! – respondeu
Sofia, a mãe de Luana.
– Eu sei, mas minhas amigas vão à
Igreja e perguntam em qual igreja eu vou e eu respondo “ao centro espírita”.
– Muito bem, é isso mesmo, você
responde certo. Nós não chamamos o centro espírita de igreja, talvez porque o
Espiritismo não se tenha iniciado para ser uma religião. Mas ele faz o mesmo
papel de uma igreja, pois lá nós nos reunimos para lembrarmos os ensinamentos
de Jesus, estudarmos as leis da vida, orarmos e nos religarmos a Deus. Mas no
início, os estudos de Allan Kardec eram apenas para compreender melhor os
fenômenos mediúnicos produzidos pelos espíritos.
– É mesmo? Como foi isso, mamãe? –
quis saber Luana, interessada.
A mãe sorriu e a abraçou,
começando a explicar:
– Allan Kardec era um homem muito
inteligente. Ele era professor e pesquisador de várias coisas, como ciência e
filosofia. Um dia, ele ouviu falar de algo muito curioso: durante reuniões de
amigos, na casa de um deles, pequenas mesas se mexiam e até giravam sozinhas,
sem que ninguém mexesse nelas.
– Depois de algum tempo –
continuou ela – as mesas não só se mexiam, mas respondiam as perguntas através
de pancadas e de um código estabelecido. Muitas pessoas ficavam surpresas e até
se divertiam com isso, mas Allan Kardec, sendo muito curioso, resolveu estudar
esse fenômeno de uma forma científica. Ele sabia que mesas e outros objetos não
poderiam dar respostas sozinhos. Deveria haver uma inteligência responsável por
aquilo.
– E o que ele descobriu? perguntou Luana,
ansiosa.
– Ao longo de muitos anos de
estudo – disse Sofia – Kardec descobriu que eram os espíritos que davam as
mensagens e moviam os objetos. Descobriu também que existem pessoas que
percebem os espíritos, a quem ele chamou de médiuns. E descobriu mais tantas coisas
boas, que ele precisou organizar seus conhecimentos em livros, que nós
estudamos e que nos ensinam até hoje.
Luana ficou pensativa por um
momento e então perguntou:
– E como isso se tornou uma
religião, mamãe?
A mãe respondeu:
– As mensagens que os espíritos
davam a Allan Kardec ensinavam também sobre Deus, Jesus, amor, justiça e
evolução moral. Assim, surgiu o Espiritismo como uma religião, com o objetivo
de nos ajudar a sermos melhores a cada dia, para evoluirmos nas nossas virtudes
e sermos pessoas de bem.
Luana olhou para Sofia,
satisfeita. A menina abraçou a mãe e, com um sorriso, disse:
– Obrigada, mamãe. Agora entendi
como o Espiritismo surgiu e como ele pode nos ajudar a sermos melhores a cada
dia.
E assim, em uma tarde tranquila, mãe e filha ficaram juntas, conversando e refletindo sobre os ensinamentos que o Espiritismo traz, com a certeza de que o amor e o cuidado com o próximo são os caminhos para a verdadeira evolução.