quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um Simples Conselho



Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho.
Toda sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada.
Falou da sua vida ao rabi e pediu a sua ajuda.
Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
O que você vê através do vidro, meu rapaz? Perguntou o rabi.
Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua, respondeu o moço.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou: o que você vê neste espelho?
Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro.
Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa.
Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição.
Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva.
Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar os outros. Eis a chave para a solução dos seus problemas.
Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma.
Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta.
Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estar em nosso lugar.
E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma.
É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com seus filhos em dificuldades.


Autor desconhecido

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