terça-feira, 13 de julho de 2010

Viver de lá pra cá, de cá pra lá...

Era uma vez um menino chamado Alfredo.

Ele era muito legal, e fazia o que toda criança de sua idade – oito anos – costuma fazer : ia à escola, brincava, praticava esporte... Só que ele tinha uma característica especial...


Qual será? Vocês sabem? Nãããoo?? Vamos ver?!

Alfredo não enxergava, ele nasceu com deficiência visual.

Alfredo estudava em uma escola destinada a deficientes visuais e, entre todas as matérias ali ensinadas, a música era a de que mais gostava.

Rita, a sua professora, tinha um carinho especial por Alfredo, achando-o uma criança muito alegre e esforçada.

Um dia, no intervalo de aulas, Rita estava no pátio, ouvindo um CD que ganhara de presente e, como Alfredo se aproximava, ela o chamou para ouvirem juntos as músicas que eram bastante alegres.

O CD que Rita ouvia era com músicas espíritas e a música que Rita estava ouvindo chamava-se “Sempre Viver”.

Alfredo adorou a música e chegou a cantarolar um pedacinho, mas, como ele não era espírita, ficou sem entender direito a letra.

- Puxa, Rita, que música legal! A gente aprende num instante! Só que eu não entendi muito bem esse negócio de viver de lá pra cá, de cá pra lá...

A professora, que era espírita, viu que aquele momento poderia ser muito importante para Alfredo, se ela lhe desse algumas informações que o Espiritismo nos fornece a respeito da vida, da eternidade, do Espírito, do nosso objetivo na Terra... E falou a ele, com muito carinho:

- Alfredo, esta música fala sobre reencarnação, que é um ensinamento de Jesus e também da Doutrina Espírita. Nós fomos criados por Deus para sermos perfeitos, e como em uma só vida não dá pra aprender tudo, a gente nasce várias vezes!

A cabeça de Alfredo fervilhou de curiosidade! Ele já ouvira falar em Espiritismo, tinha até um tio que freqüentava um Centro Espírita. Interessado que ficou, fez uma porção de perguntas para a professora...

- O Espírito é criado por Deus na hora do nascimento da criança? Que acontece com o Espírito quando o corpo morre? Por que, quando a gente reencarna, fica um corpo diferente do que a gente tinha? Um defeito que a gente tem, como a minha cegueira, quando desencarnamos, ele continuará a existir? Por que umas pessoas nascem de um jeito e outras de outro jeito? Eu posso encontrar as pessoas de quem eu gosto, e as de quem eu não gosto, na minha próxima reencarnação? Como vou saber isso? Quando a gente encontra dificuldades numa reencarnação é porque não fomos bons na outra passada? O defeito que a gente tem, como a minha cegueira, eu vou ter na próxima reencarnação?

Uuffaaa... Quantas perguntas que o Alfredo fez num fôlego só, né mesmo?

Que tal vocês mesmos responderem ao Alfredo?

Passado tempo, depois que o Alfredo recebeu todas as respostas é que a Rita foi explicando mais miuçadinho. Fred estava muito feliz com as respostas, porque assim ele percebeu que Deus não o “castigava” com a deficiência visual; aquela era uma oportunidade para aprender outras coisas, outras habilidades, e ele, como Espírito, não era cego, existindo aquela limitação apenas no corpo físico.

Uma grande esperança começou a nascer naquele coraçãozinho, fazendo Rita também muito feliz.

- Sabe, Rita, gostei desses ensinamentos do Espiritismo! Quando o Tio Jorge for lá em casa poderei conversar com ele um pouco mais.

- Isso mesmo, Alfredo. Tenho certeza que você aproveitará bastante! E também, quando quiser, poderemos continuar nosso papo, pois há muita coisa na Doutrina Espírita que você gostará de aprender!

Como estivesse acabado o intervalo da aula, os dois, abraçados, seguiram cantarolando para a sala de aula:

- Eu sei que vou viver de lá pra cá, de cá pra lá... Eu sei que vou viver, aprendendo sem parar!


Fonte: AME/JF- Evangelização Espírita

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